Sentindo-se um Alien
Ninguém Vai Te Salvar (2023) | Crítica
O sentimento invade, domina, condena e acima de tudo… salva!
Com maestria, Brian Duffield nos conduz por um labirinto de emoções em “Ninguém Vai Te Salvar”. O filme começa como um thriller, mas rapidamente se desloca para tons mais profundos que se misturam para criar um desfecho inteligentemente bizarro, mas emotivo.
A história é a de uma protagonista reclusa que se comunica com a audiência apenas em suspiros e sussurros, e que vai sendo desvendada brilhantemente através do invasor/inimigo.
O filme segue com grandes reviravoltas e termina com questionamentos. É uma orquestra alienígena que nos revela a metáfora de que o próprio ser humano pode ser percebido e se sentir como um verdadeiro extraterrestre em seu meio.
A dominação alienígena poderia ter sido apenas uma reviravolta sensacionalista, mas Duffield a utiliza com habilidade para criar um momento de autoaceitação.
“Ninguém Vai Te Salvar” usa a dominação de ‘seres superiores’ para refletir aspectos da humanidade como condenação, perdão e solidão. Uma experiência que nos desafia a confrontar o desconhecido mais assustador e que não é algo além das galáxias, e sim o interior humano.
Pois somos invasores de doces utopias e dominadores de pesadelos horríveis.
O filme encontra-se disponível no Star +.